Audiovisual e territórios: criação, formação e artesania

Docente Responsável: Pedro Henrique Varoni de Carvalho

Resumo

A pesquisa procura pensar a cadeia produtiva do audiovisual na intersecção entre os aspectos formativos, culturais e antropológicos, ligados ao contexto em que as produções se inserem. Nosso interesse se volta para a capacidade dos territórios atraírem e possibilitarem um ambiente criativo na produção audiovisual. A proposta é mapear e identificar as diversas demandas criativas que se formam em torno da produção audiovisual quando instalada em determinado território e a possibilidade de utilização de serviços locais em processos de artesania, trilha sonora, identificação e preparação de espaços cênicos, dentre outros. Identificar demandas por serviços criativos e necessidades de qualificação. O que acontece ao redor quando uma produção se instala em determinado território? Quais os saberes demandados? Como se dão os diferentes agenciamentos? Quais as necessidades de formação advindas dessas práticas? Como cada gênero possibilita diferentes formas de interação com o território: o cinema de animação, o ficcional, o documentário, a produção de youtubers, tiktokers e influenciadores digitais, o jornalismo local.

Entendemos que existem duas frentes principais na realização audiovisual, considerando os propósitos de pesquisa; a) produções exógenas que escolhem territórios como ambientação de suas produções, seja por aspectos estéticos/culturais ou por demandas de qualificação profissional; b) o ambiente criativo oriundo dos próprios territórios, com base na produção singular de conteúdo audiovisual em suas várias frentes. Valorizamos a reflexão sobre a dimensão econômica, criativa e cidadã dessas práticas, considerando os aspectos sociais, da melhoria da qualidade de vida ao uso do audiovisual como ferramenta de fortalecimentos dos processos críticos de subjetivação de setores historicamente silenciados.

A pesquisa se desenvolve junto ao Polo Audiovisual da Zona da Mata, um Arranjo Produtivo Local do audiovisual, mas também busca estimular novos arranjos produtivos em espaços como o interior de Minas e São Paulo.